domingo, 29 de maio de 2011

Canção Pra Boa Vinda...

"Agulha danada, de tanto procurar eu desisti.
E foi sem querer que nela pisei e me feri.
Achei sem querer.
Mas agora não tem mais pra que.

Outra agulha achei, e foi quando menos procurei.
Ela brilhou dentre tudo, fui lá e a peguei.
E também foi sem querer.
E hoje é o meu porquê.

'Muito prazer, se quiser eu posso lhe servir;
quem eu servia fez questão de me trair;
se escondeu e por querer me feriu;
mas não importa, foi por você que meu mundo novamente sorriu.' "

(Flávio Henrique)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Simbora...

"vem depressa, vamos nessa, e pra bem longe partir,
mas não confia, e espia, pra onde vou seguir;
se não vai agora, me diz sem demora,
pois está na hora, fui embora, e fui sem ti...
...não chora."


(Flávio Henrique)

sábado, 23 de abril de 2011

Calo meu calo e calado eu digo...

"eu quero mais pra mim,
jogar no ar e ver voar,
montar, plantar, colher palavras,
para escrever sentimentos.

pulso, impulso à vontade,
eu quero é isso, é aquilo,
é falar e ser ouvido,
e melhor, é ser compreendido.

ligo, desligo e mantenho abrigo,
falo, não calo e finjo que brigo,
chame e tenho toda atenção,
e tudo que digo é um simples não.

e não sei o que mais dizer,
paro e reparo que parei de escrever,
tiro e atiro atos tirados do retiro,

tudo que quero é simples assim
um boa noite, um abraço e um beijo pra mim
uma boa história sem meio, começo ou fim."


(Flávio Henrique)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uma história para terminar...

"... E toda vez que ele deitava, contava as estrelas, dava nomes
e não sossegava até dar boa noite a todas elas..."

"... Ele diz: "Mas o que está acontecendo com as estrelas?
Por que elas teimam em sumir?
Eu que não estou mais achando elas ou elas que se escondem de mim?"..."

"... E o medo que ele tem é de deitar pra dormir e
não demorar um segundo para adormecer,
com o céu limpo, escuro, sem nenhum pontinho luminoso..."


(Flávio Henrique)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pra ti...

"Nem precisa ter o perfume mais agradável
nem ter a aparência mais bonita
nem é a forma como te entrego
nem o motivo por que eu presenteio
nem precisa significar nada
nem parecer qualquer situação

se um dia eu lhe entregar uma flor
é somente uma flor
saberás o que tenho a dizer
mesmo sem nada dizer
e saberás tambem o que tenho pra ti
outra flor, sem motivo nem cor, nem sabor."

(Flávio Henrique)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Conto I

"E ele saiu sem circo, sem dinheiro, sem nada;
colocou na mala uma roupa e a foto de sua amada;
faltou o amor que ele deixou no passado;
não leva mais pois só lhe deixou acabado.

Seguindo estrada de barro, de pedra, asfalto;
tomando a vida de susto, de pedido, de assalto;
relaxa numa sombra de saudade, que maltrata;
não tem pra onde ir, mas vai, não mata.

Tira a foto da mala, e rasga, e molha de lágrima;
e a roupa que tem, furada, amassada, que lástima;
mas vai assim assim mesmo, de terno, vermelho;
procurar um novo emprego, uma vida, sem zelo.

Circo a frente, proposta de emprego, amigo;
antes era eu ator, amor, hoje embaraço;
hoje, depois de anos sem rumo, peço contigo;
o que restou foi só isso, amigo, um palhaço."

(Flávio Henrique)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

rosa você...

"Se eu chamasse as rosas pra sair
que beleza elas levariam?
E se eu não souber pra onde ir
que perfume elas teriam?

Se eu fosse mais discreto
elas entenderiam?
E se eu fosse mais direto
elas aceitariam?"


(Flávio Henrique)